No Niassa, novos tratores distribuídos há menos de um mês já apresentam avarias, levantando dúvidas sobre qualidade, manutenção e gestão dos equipamentos.
No Niassa, a recente distribuição de tratores agrícolas destinados a apoiar camponeses e cooperativas já enfrenta sérios desafios. Em menos de um mês de uso, dois tratores apresentaram avarias, levantando preocupações sobre a qualidade dos equipamentos e a eficácia do programa de mecanização agrícola.
Os tratores, que foram entregues com o objetivo de aumentar a produção e modernizar a agricultura familiar, encontram-se agora parados, comprometendo o calendário agrícola de várias comunidades. Agricultores afirmam que a avaria precoce não só atrasa a lavoura, mas também pode reduzir a colheita prevista para esta campanha agrícola.Autoridades locais explicam que parte do problema pode estar ligada à falta de manutenção preventiva e ao uso inadequado dos equipamentos, já que muitos operadores não receberam a formação necessária. Contudo, há também quem questione a procedência e a durabilidade das máquinas, pedindo maior rigor na aquisição e fiscalização da qualidade.
Especialistas em desenvolvimento rural sublinham que a mecanização agrícola só terá impacto positivo se vier acompanhada de capacitação técnica, assistência pós-venda e disponibilidade de peças de reposição. Caso contrário, o investimento corre o risco de não trazer benefícios concretos para os agricultores.A situação reacende o debate sobre a gestão de recursos públicos no setor agrário, destacando a necessidade de estratégias mais sustentáveis para garantir que o apoio aos camponeses se traduza em ganhos reais de produtividade.
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