A crise interna entre os líderes de Forquilha e o partido Podemos escançara o colapso iminente de um projeto político que já nasceu com sérias fragilidades. As disputas de poder, falta de base popular sólida e decisões impopulares revelam que ambos estão sem rumo e sem futuro político real.
ALBINO FORQUILHA DEFENDE MUDANÇA DO NOME “ANAMALALA” CRIADO POR VENÂNCIO MONDLANE PORQUE ESTE PODE REPRESENTAR “ÓDIO”
O líder do partido Podemos, Albino Forquilha, manifestou-se esta semana a respeito da polémica em torno do nome “Anamalala”, escolhido pelo ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane para a criação de uma nova força política em Moçambique. Segundo Forquilha, o nome, apesar de inovador, pode carregar um peso emocional e simbólico negativo devido aos acontecimentos do passado recente.
“Se tivesse sido trazido esse nome muito antes dos distúrbios que aconteceram, se calhar não despertasse atenção de ninguém”, afirmou Forquilha em declarações públicas. “Mas o contexto aqui sempre vai recordar as feridas, como se fosse um partido que vem com a continuação de ódio.”
Para o líder do Podemos, é importante que Mondlane e a sua equipa façam uma reflexão profunda sobre o nome da futura formação política, de modo a não alimentar divisões nem reacender memórias dolorosas ainda recentes na sociedade moçambicana. “Para evitar isso, eu penso que devem corrigir e continuar o processo. O partido não é o nome, não devem parar o partido por causa de nome”, defendeu Forquilha, numa posição de aconselhamento direto ao antigo candidato presidencial.
O nome “Anamalala” tem sido alvo de debates desde que foi apresentado por Venâncio Mondlane durante o processo de submissão da documentação junto ao Ministério da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos. Mondlane apresentou oficialmente o pedido de registo do novo partido no passado dia 21 de maio de 2025, alegando que “Anamalala” simboliza força, resistência e renovação na política nacional.
No entanto, críticos consideram que o termo, por ter surgido após recentes distúrbios políticos e sociais, pode ser interpretado por alguns sectores como uma continuidade de confrontos e desentendimentos.