O crescente sentimento xenófobo na África do Sul gera tensão: cidadãos solicitam expulsão de estrangeiros e aumentam os conflitos sociais no país.
Nos últimos meses, a África do Sul tem assistido a um crescimento de discursos e manifestações xenófobas, aonde parte da população exige a expulsão de estrangeiros que vivem no país. A retórica agressiva levanta preocupações sobre a segurança, a coesão social e o futuro da convivência entre nacionais e imigrantes.
Segundo relatos de movimentos locais, muitos sul-africanos acreditam que cidadãos estrangeiros ocupam postos de trabalho, abrir pequenos negócios e pressionar os serviços públicos, como saúde e educação. Esse discurso, no entanto, tem sido amplamente criticado por organizações de direitos humanos, que alertam para o risco de violência e discriminação.
Analistas sociais sublinham que a raiz do problema está ligada ao desemprego elevado, desigualdades históricas e frustrações sociais, que acabam canalizadas contra os imigrantes. Em várias cidades, já foram registados confrontos e atos de hostilidade, reacendendo o debate sobre xenofobia e políticas migratórias no país.
Apesar da pressão popular, o governo sul-africano reforça que qualquer medida deve respeitar a Constituição e os tratados internacionais, lembrando que a África do Sul sempre foi um destino de acolhimento para povos de todo o continente.
Este cenário cria um desafio urgente: conciliar as tensões internas com os princípios de solidariedade africana, evitando que o discurso de ódio se transforme em violência generalizada